“Essa é a salinha preferida da escola”, afirma a professora Simone Santos Fontes, que leciona na Escola Municipal Maria São Pedro, em uma das 18 Salas de Recursos Multifuncionais disponíveis nas escolas da rede municipal de Nossa Senhora do Socorro. Esses são espaços que promovem a inclusão dos alunos da Educação Especial e contam com materiais didáticos e recursos pedagógicos que viabilizem o desenvolvimento das suas habilidades.
Os espaços impulsionam o ensino inclusivo para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, que frequentam, para além das aulas comuns do ensino regular, também as salas de recursos, com o intuito de fortalecer a formação dos alunos, para que as barreiras sejam eliminadas.
“Sala de Recursos são espaços, dentro da própria escola, motivacionais e multifuncionais, que vão complementar e suplementar a aprendizagem das crianças atípicas”, explicou Soraia Mineiro, coordenadora de Salas de Recursos do município. “Aqui os professores trabalham com jogos e atividades pedagógicas, de forma lúdica, para chamar a atenção dessas crianças atípicas que tem entraves na aprendizagem. Trabalhamos com tecnologia assistiva, aramados, blocos lógicos, raciocínio lógico matemático, leitura, escrita, todo esse universo para chamar atenção e contemplar a aprendizagem”, disse a coordenadora, que relatou também que há o projeto de ampliar o número de salas disponíveis na rede de ensino municipal.
Para a professora Simone Santos Fontes, as salas são muito importantes para o desempenho das crianças. “É possível analisar uma criança antes da sala de recurso e após, elas chegam aqui geralmente com a autoestima lá embaixo, porque elas têm um pouco de dificuldades. Então nós, através dos brinquedos e dos jogos, vamos incentivando. A partir do momento em que eu descubro qual é a trava, vou trabalhar ali, e como é lúdico, eles se entregam, e quando percebemos, já estão todos amigos, já entramos no conteúdo e eles deslancham”, relatou a professora Simone ao explicar o funcionamento da Sala de Recursos.
“Alguns chegam totalmente abertos, dispostos a realizar o que eu peço e tem outros que eu tenho que ganhar, em duas ou três sessões consigo a atenção da criança. Começo sempre pelos bloquinhos, usualmente eles gostam de montar, alguns já tem um engenheiro dentro deles. Aí já parto para o quebra-cabeça, dominó e vamos abordando os outros conteúdos. O trabalho do professor da Sala de Recursos é junto com o professor da sala de aula, então sempre vamos trocando informações, perguntando: ‘como está tal aluno? Você notou alguma diferença? Ele evoluiu nisso?’ E, quando isso acontece, é uma alegria, para mim, para a professora, para a diretora, para a escola toda”, finalizou Simone, emocionada.