Com o objetivo de aprimorar o atendimento a bebês prematuros e de baixo peso, a Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, deu um importante passo na capacitação de seus profissionais. Nesta quinta-feira (27), a equipe da Coordenadoria da Atenção Materno-Infantil, participou do 1º Curso de Sensibilização sobre o Método Canguru, promovido pelo Ministério da Saúde (MS), para garantir um cuidado mais humanizado e eficiente na Atenção Primária à Saúde (APS).
De forma virtual, a programação contou com a participação de quatro profissionais da Atenção Básica à Saúde do município, de representantes de outros estados brasileiros e da consultora do Ministério da Saúde, responsável pelo estado de Sergipe, Sandra Vogler. O curso contou com diálogos sobre normas de atenção humanizada ao recém-nascido, abordando fatores de risco e necessidades especiais de bebês prematuros e de baixo peso, temas como a caderneta da criança, cuidados diários, redes de apoio, a atuação das equipes de saúde e a importância das visitas domiciliares.
De acordo com a coordenadora da Saúde Materno-Infantil de Socorro e tutora do Método Canguru, Monique Daniela Cabral, cerca de 10% dos bebês nascidos no município são prematuros e/ou de baixo peso. O Método Canguru, parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) e MS como Política de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido, oferece atendimento especializado e contínuo, desde o pré-natal até o pós-parto, com foco na prevenção e acompanhamento do desenvolvimento saudável dos bebês.
"É essencial termos um olhar atento para identificar sinais de risco, como dificuldades na amamentação, perda de peso e no crescimento saudável dos bebês, que são diferentes de crianças nascidas a termo. Além disso, é fundamental capacitar nossos profissionais para oferecer o tratamento adequado e evitar complicações. Precisamos garantir um cuidado de equidade para esses bebês, pois eles representam o futuro do nosso município", explicou.
O Método Canguru, segundo o Ministério da Saúde, baseia-se em pilares como o contato pele a pele precoce, acolhimento ao recém-nascido e sua família, cuidados individualizados, apoio à amamentação e controle da dor. Esses cuidados favorecem o vínculo afetivo, estimulam o desenvolvimento saudável do bebê e reduzem o risco de infecções e complicações.
Durante a reunião sobre o Método Canguru, a coordenadora estadual do método e especialista da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Amanda Andrade, destacou a importância da integração entre a atenção hospitalar e a APS para a plena implementação do método.
"O Método Canguru é tradicionalmente associado à atenção hospitalar, mas, para ser efetivo, ele precisa estar articulado com a Atenção Primária à Saúde, através das estratégias de saúde da família. Quando o bebê prematuro recebe alta, o acompanhamento deve continuar de forma compartilhada entre a APS e o hospital. O município de Socorro está fazendo isso, preparando sua equipe de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para garantir que o prematuro que sai da unidade neonatal receba o cuidado necessário em casa", afirmou.
Organização
O evento foi organizado pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Centro Nacional de Referência (CNR) da Universidade de Campinas (Unicamp), com apoio do Centro Estadual de Referência (CER) de Alagoas, Distrito Federal, Goiás, São Paulo (Campinas e Santos) e Sergipe, tendo como referência no menor estado do país, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que atende o município de Nossa Senhora do Socorro.